quinta-feira, 19 de abril de 2012

ANTONI ZABALA


Biografia de Antoni Zabala


Catalão, formado em Filosofia e Ciências da Educação pela Universidade de Barcelona, na Espanha, Antoni Zabala preside atualmente o Instituto de Recursos e Investigação para a Formação e é diretor do Campus Virtual de Educação da Universidade de Barcelona. Responsável pela maior transformação do sistema de ensino espanhol, pós-ditadura de Franco, o educador tornou-se uma referência internacional na educação.



Estudioso e mestre dos diferentes aspectos do desenvolvimento curricular e da formação de professores, Zabala presta consultorias a escolas e ministérios da educação de diferentes países na América Latina, como Argentina, Peru, Bolívia e México.


Nos últimos oito anos, tem ministrado palestras e conferências em diferentes instituições de ensino por todo o mundo. O professor é um crítico sobre a resistência dos órgãos que regulamentam os sistemas de ensino brasileiro e espanhol..


Defende a criação de provas orais dentro do exame vestibular e de cargos de tutores para o ensino fundamental e médio. Para o educador uma boa escola é aquela que prepara o aluno para a vida e não para uma prova "elitizada" que pauta, inclusive, a vida de quem nem sequer terá acesso às universidades.

Obras de Antoni Zabala:                                                                                                                          


ü  A prática educativa: Como ensinar -1998

ü  Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula -1999

ü  Enforque globalizador e pensamento complexo: Uma proposta para o currículo escolar-2002

ü  Como Aprender e Ensinar Competências



Alguns pontos interessantes, dentre tantos outros que se pode levantar ao se ler esse autor são:
- a diferenciação de educador e professor
- a transgressão do saber pelo saber
- a busca por um processo de ensino e aprendizagem que vise os vários âmbitos da vida do aprendente
- a busca por uma escola que eduque além de ensinar
- o currículo escolar pensado através do pensamento complexo e da teoria geral dos sistemas.








 


Concepções de escola, ensino e aprendizagem

             A concepção de aprendizado para Antoni Zabala consiste em reproduzir informação. Relacionar-se em classe, um ajudando o outro, configura uma forma de aprendizagem, considerados agentes educadores.
            Zabala adota o modelo de aprendizado da educação infantil. Onde as crianças não ficam sentadas em fileiras em sala de aula ouvindo o educador, elas são dinâmicas. Desenvolvem-se em grupos, um observando o outro e aprendendo, o que sabe mais ajuda o que sabe menos. O educador não é transmissor de conhecimento, ele ajuda a todos, avaliando quem realiza e quem tem dificuldades. Portanto o enfoque pedagógico deve está centrado na diversidade e no conhecimento prévio de cada educando.
          O modelo de avaliação também é formativo. Os professores não avaliam seus alunos pelos seus erros, e sim pelos seus acertos, e são orientados em suas necessidades. A espontaneidade da criança lhes beneficiam, não é constrangedor dizer que não sabe. Quanto adolescentes e jovens, este processo não acontece, por temerem o constrangimento. Para Zabala (2010) “Está claro que devemos ir de um modelo seletivo para um modelo orientador, centrado no que o aluno sabe e não naquilo que ele não sabe; na sua capacidade e potencialidade”.



                                                                                     
Concepções de Ensino 

Por trás de qualquer proposta metodológica se esconde uma concepção do valor que se atribui ao ensino, assim como certas idéias mais ou menos formalizadas e explicitas em relação ao processo de ensinar e aprender.
Antoni Zabala

Para Zabala, o processo de ensino não pode se limitar a um único modelo e sim há diferentes modelos, pois é necessário atenção á diversidade de alunos em sala de aula.
O educador deve perceber as dificuldades de cada aluno, saber propor ajudas, bem como formas de superar suas dificuldades propondo sempre desafios , mediando o caminho para que ocorra o aprendizado.
No que se refere à função social de ensino, o autor pretende que os educandos não só desenvolva suas habilidades cognitivas e motoras mais sua autonomia, sua inserção e atuação social.
Segundo Zabala (p.28)
"Educar quer dizer formar cidadãos e cidadãs que não estão parcelados em compartimentos estanques, em capacidades isoladas".
Zabala defende a concepção construtivista como aquela que permite compreender a complexidade dos processos de ensino/aprendizagem. Para esta concepção “o ensino tem que ajudar a estabelecer tantos vínculos essenciais e não-arbitrários entre os novos conteúdos e os conhecimentos prévios quanto permita a situação” (p. 38).

Escola para Antoni zabala

O professor Antoni zabala vem por muito tempo pesquisando as escolas dos tempos atuais e utilizou vários sistemas para compreender como o incremento humano social e cultural é importante para que haja desenvolvimento e aprendizagem.
Escola tem que formar estudantes para a sociedade para a vida e não preparar o educando unicamente para o vestibular.  Pois quando o educando é preparado para a vida, ele tem o direito a escolhas, desta forma tornando-se um profissional preparado para o mundo, exercendo a cidadania, tornando cidadãos comprometidos com o seu trabalho de maneira fantástica e produtiva.
Desta forma a escola deve ter uma boa estrutura organizacional, promovendo atividades em que todos participem do mesmo contexto e obtenham o mesmo pensamento educacional e social.
E a partir da proposta acima citada (educar para o mundo) que surge a principal intuito da escola, que é educar em tempo integral, Para zabala a educação se da com o individuo em contato com o meio e as experiências adquiridas sobre si e as pessoas que estão ao seu redor. Está relacionada com a resolução dos conflitos, evidenciando que quando o aluno é educado em tempo integral, aprende mais não só os conteúdos explicitados no currículo escolar, mas a ter mais habilidades, técnicas e até estratégias relacionadas a o trabalho e a vida.
A escola que visa ensinar baseando-se na teoria positivista tem a função de preparar o educando unicamente para universidade, Para zabala a escola tem que proporcionar para o educando, um espaço interativo em que o mesmo aprenda de forma saudável, o que esta relacionada aos conteúdos programáticos, 


"Pautar o ensino no vestibular é um erro"
Antoni Zabala, responsável pela reforma do ensino espanhol, é a favor da formação para a vida e não para a faculdade.
 Marina Caruso 

Entrevista Zabala:

ISTOÉ – Qual é o maior desafio da educação brasileira?
Antoni Zabala – O maior problema da educação não é regional, é mundial.
Hoje, o que urge, tanto no Brasil quanto no mundo, é a mudança de um sistema educacional de elite para um sistema de educação para todos.
Nos quatro cantos do mundo a universidade é o grande referencial do ensino. Quando, na verdade, o que se deveria buscar é que todos os cidadãos possam ser competentes no que fazem, independentemente de terem nível superior.
Pautar todo o ensino numa prova de vestibular é um erro.
Precisamos mais de mão-de-obra qualificada do que de estudiosos cheios de títulos, então por que não valorizar os profissionais que têm mais experiência prática do que teórica
uita importância à morfologia e à sintaxe porque a própria estrutura gramatical da língua é mais complexa.
A universidade é um reflexo disso.
Queremos pessoas que sejam competentes, e a competência está ligada à capacidade de uso do conhecimento, e não de seu armazenamento. Conhecimento aplicado é o mais importante. A pessoa competente aplica o que conhece.
Atitude, conhecimento e liberdade – isso é o que forma, realmente, alguém importante. 


ISTOÉ – Essa desvalorização é inerente ao subdesenvolvimento.
Zabala – Não é um problema de subdesenvolvimento, e sim de cultura com importância excessiva ao conhecimento teórico. As línguas latinas, como o português e o espanhol, dão muita importância à gramática, enquanto o inglês, por exemplo, não.
O domínio da língua inglesa consiste em saber ler, escrever e se expressar. O das línguas latinas, não. Nós damos maprendizagem e a vida.

ISTOÉ – E como fica o professor nesse caminho?
 Zabala – Um sistema de ensino é falho quando seu professor é falho.
O que isso quer dizer? Que o professor precisa mais do que quatro anos dentro de uma universidade.
Precisa de atualização e reciclagem constantes, pois ele está em formação constante. Tem que estar a par de tudo o que há de mais moderno em termos de educação e sociedade.
Deve fazer cursos e aprimorar-se ao máximo.


ISTOÉ – O sr. é um grande defensor do ensino que prepara o aluno para a vida, e não para a universidade. Fale um pouco sobre isso.
Zabala – Infelizmente, muitos países dão importância ao saber pelo saber.
À exceção do mundo anglo-saxônico, valoriza-se muito mais a teoria do que a
prática. Logo, as profissões práticas, reais, do dia-a-dia, como pedreiros, babás, encanadores, são muito pouco valorizadas.
Isso é um erro. Temos que lutar
contra o preconceito que existe em relação aos chamados subempregos.
A sociedade que atribui um valor ao saber pelo saber estigmatiza quem não tem
curso superior e supervaloriza a formação universitária.
Na Espanha, temos muitas carreiras de grau médio (correspondente às nossas escolas técnicas), mas elas ainda são consideradas de segunda categoria, pelo simples fato de não outorgarem nível universitário.
Uma pena, realmente, pois estamos desprezando uma mão-de-obra qualificada.

ISTOÉ – E de quem é o papel de oferecer esses cursos de reciclagem, da escola, do Estado? Ou o próprio profissional deve buscá-los?
Zabala – De todos. No caso das escolas públicas, o Estado deve bancar o
que considerar imprescindível. No caso das escolas particulares, a própria instituição de ensino deve propiciar.
Mas, em ambos, se o professor não fizer a
sua parte, não adianta. É ele que deve estar atento ao que existe de mais interessante no setor e deve alertar os diretores.
Ele também pode, e deve, decidir fazer um curso ou uma especialização por conta própria. Afinal, ele também é o agente e o sujeito de sua aprendizagem. 


Referências Bibliográficas
MARINA CARUSO (Brasil) (Org.). Pautar o ensino no vestibular é um erro. N° Edição: 1858 . Disponível em: <http://www.istoe.com.br/reportagens/6274_PAUTAR+O+ENSINO+NO+VESTIBULAR+E+UM+ERRO+?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage>. Acesso em: 25 maio 05.

PALESTRANTES NOTÁVEIS (Brasil) (Org.). Conexa Eventos. Disponível em: <http://www.conexaeventos.com.br/detalhe_noticia.asp?id=21>. Acesso em: 02 fev. 2005.


São Paulo) (Org.). IMAGENS DOS LIVROS: ANTONI ZABALA. Disponível em: <http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/030111/didaticos/livros/?ORDEMN2=E&PAC_ID=18659>. Acesso em: 30 maio 2012.

PAOLA GENTILE (Brasil). Cristiane Ishihara (Ed.). Avaliar para crescer: No ambiente escolar, a avaliação só faz sentido quando serve para auxiliar o estudante a superar as dificuldades. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/avaliacao/avaliar-crescer-424587.shtml>. Acesso em: 03 jun. 2012.


ZABALA, Antoni. A pratica Educativa: Como Ensinar. São Paulo: Artmed, 1995. 224 p.



ZABALA, Antoni. Entrevista Brasil. Disponível em: http://entrevistasbrasil.blogspot.com.br/2011/09/antoni-zabala.html. Acesso em: 05 jun. 2012.


ZABALA,Antoni.video. disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=olBAKfRvTbgAcessoem: 05 jun 2012


Entrevista IstoÉ. Disponível em: http://www.istoe.com.br/reportagens/6274_PA
UTAR+O+ENSINO+NO+VESTIBULAR+E+UM+ERRO+?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage. Acesso em 11.06.2012

Equipe:
Andreia de Castro Ramos
Erica Patrícia Araújo da Silvia
Patrícia Bispo Improta
Silvia Bomfim Souza


Um comentário:

  1. por faavor vocês saberiam me dizer em que ano ele nasceu, onde ele nasceu,onde mora.

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