Paulo Freire , o grande pedagogo
brasileiro, nasceu no dia 19 de setembro de 1921, na Estrada do Encanamento, no
21, bairro de Casa Amarela, no Recife, filho do capitão da Policia Militar de
Pernambuco Joaquim Temístocles Freire e Edeltrudes Neves Freire.
Começou a ler orientado por sua mãe,
no quintal da casa onde nasceu “ a sombra das mangueiras e tendo o chão por
quadro negro e gravetos como giz”
Aos dez anos , mudou-se para o
município de Jaboatão (hoje Jaboatão dos Guararapes) cidade a cerca de 18 km do Recife, onde
concluiu o curso primário.
Iniciou o ginásio no Colégio 14 de
julho, concluindo-o no Colégio Oswaldo Cruz, ambos no Recife.
Ingressou na Faculdade de Direito do
Recife, em 1943, casando-se, no ano seguinte, com a professora primária Elza
Maria Costa de Oliveira, que teria grande influencia na sua vida e com a qual
teve cinco filhos: Maria Madalena,Maria Cristina,Maria de Fátima, Joaquim e
Lutgardes.
Segundo Paulo Freire, seus estudos
lingüísticos e seu encontro com Elza conduziram-no a Pedagogia.
Iniciou sua carreira no magistério no
Colégio Oswaldo Cruz, como professor de língua portuguesa, substituindo Moacir
Albuquerque, considerado um dos melhores professores da disciplina na época.
De 1947 a 1954, exerceu o cargo
de diretor do setor de Educação e Cultura do SESI, e de 1954 a 1957, o de
superintendente do órgão.
No final de 1959, obteve o titulo de
doutor em Filosofia e História da Educação, defendendo a tese Educação e
atualidade brasileira.
Com o Golpe Militar de 1964, o novo
governo considerou o “método de Paulo Freire” perigoso e o proibiu.Paulo Freire
foi preso e acusado de subversivo, permanecendo 70 dias detido em varias selas,
entre as cidades do Recife e de Olinda.
Foi forçado a exilar-se, indo
inicialmente para a Bolívia, daí para Santiago do Chile e depois para Genebra.
No Chile, onde ficou por quase cinco
anos, retornou a sua pratica pedagógica e escreveu seu primeiro livro publicado
comercialmente, Educação como pratica de liberdade, assim como sua obra mais
conhecida ,Pedagogia do Oprimido.
Aos setenta anos de idade , em 1991,
recebeu muitas homenagens, em diversas partes do mundo.No Recife , sua cidade,
o Conselho Estadual de Educação e a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes
de Pernambuco, Paulo Freire fez diversas visitas ao Recife e ao município do
Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, fazendo palestras para professores e
atuando em programas de alfabetização.
.
Paulo Freire morreu de infarto, no dia
2 de maio de 997, aos 75 anos de idade, em São Paulo.
È autor de vários livros entre os
quais podem – se destacar:
A propósito de uma administração
(1961)
Educação como pratica da liberdade
(1967)
Pedagogia do oprimido (1970)
Cartas a Cristina (1974)
Educação e mudanças (1979)
A importância do ato de ler em três
artigos que se completam (1982)
A Educação na cidade (1991)
Pedagogia da esperança (1992)
Política e educação (1993)
A sombra desta mangueira (1995)
Pedagogia da autonomia (1997)
Pedagogia da indignação (2000)
Educação e atualidade brasileira
(2001).
CONCEPÇÃO
DA ESCOLA ENSINO E APRENDIZAGEM
Muito se tem falado sobre o educador Paulo Freire bem como suas obras
que nos deixou ensinamentos relevantes e um grande legado para nós educadores, com
sua pratica de ensino, baseada numa educação libertadora , propondo caminhos
para o fazer pedagógico, por ser uma
tarefa árdua e ao mesmo tempo pertinente,
instigante, ampla e que perpassa o campo educacional.
A escola defendida pelo educador deve desenvolver nos educando senso
critico, auto-estima e valorização de seu grupo. Bem como criar possibilidades
para que os mesmos reconheçam sua presença no mundo como sujeitos de sua
própria história, que pensa , avalia , questiona e transforma a realidade e o
mundo em que vive. A mesma deve ser um
espaço de acolhimento e conseqüentemente contribuir para formação critica e
política do educando. Promovendo o crescimento dos sujeitos em todas as suas
dimensões, instigando-os a desenvolver senso critico capaz de construir suas
opiniões e pensamentos, ter um olhar aguçado diante do que lhe é oferecido, não
aceitando receitas prontas, mas questionar, investigar e avaliar.
É também na escola que se prepara o individuo para o exercício da
liberdade emancipatória, para ser independente, livre de toda forma de opressão
, exploração, discriminação, abrindo uma visão critica, para que o sujeito tenha
plena convicção de que é um ser dotado de liberdade, direitos e também de
deveres.
O professor não é detententor do saber e o aluno aquele que nada sabe,
onde são depositados todos os conhecimentos advindos do professor é necessário
uma relação de amizade, companheirismo e uma interação entre ambos.Para que
exista uma aprendizagem dialógica e significativa, e o educador respeite a
autonomia do educando. Paulo Freire defende uma pedagogia que liberte e
transforme os marginalizados explorados, oprimidos para que os mesmos possam
pensar , agir e se comunicar. Pois de acordo com Freire (2005, p 46)
A
pedagogia do oprimido, como pedagogia humanista e libertadora, terá dois
momentos distintos.O primeiro que os oprimidos vão desvelando o mundo da
opressão e vão comprometendo, na práxis, com sua transformação: o segundo em
que transformada a realidade opressora, esta pedagogia deixa de ser pedagogia
do oprimido e passa a ser pedagogia dos homens em processo de permanente
libertação.
Freire (2001) nos diz que o professor tem
que ter consciência da sua responsabilidade de ensinar certo conteúdo, não deve
significar que o ensinante se aventure a ensinar sem competência para fazer, ou
seja, ensinar o que não sabe, a responsabilidade política profissional do
ensinante lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se formar
antes mesmo de iniciar sua atividade docente.
Ensinar é respeitar a autonomia do
educando, sua cultura, identidade e diferenças , valorizando os conhecimentos e
saberes que o aluno leva para a escola, considerando o contexto social,
econômico e cultural em que o mesmo estar inserido. “Freire (1979) diz que não
se pode refletir a educação sem refletir o próprio homem pois entende que a
educação é um ato político e pedagógico” . Não é uma ação neutra. Portanto o educador
deve buscar incansavelmente novos conhecimentos, estar sempre atualizado e
rever sua pratica pedagógica, avaliando sua forma de ensinar, tendo amor pelos
educando, visando o bem da sociedade , tornando-se profissionais da pedagogia e
da política. Para tanto é necessário uma analise critica de sua pratica em que
o professor se conscientize que “ensinar não é transferir conhecimentos, mas
criar possibilidades para sua produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996 p.21).
REFERÊNCIAS:
FREIRE,
Paulo. Pedagogia do oprimido 18.Ed .Rio de janeiro: Paz e Terra, 1988
Disponível
em :
Disponível
em :
orientacaounivima2008.pbworks.com/w/page/8543073/Concepçõe
- 60k (Acesso 07.06.2012)
Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire
(Acesso em 10.05.2012)
http://forumeja.org.br/livrospaulofreire (Acesso
07.06.2012)
Equipe:
Maria de Fátima Gonçalves dos Santos
Tânia Regina Silva dos Santos
Eliane Tourinho
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